Feminilidade Bíblica X Igualdade de Gênero
Nos dias atuais, nós, mulheres cristãs, precisamos rever muitos posicionamentos, mas não para querer adquirir nossos direitos, mas sim, para resgatar o plano original de Deus para nossas vidas.
Mesmo dentro de nossas igrejas, estamos caminhando para o “feminismo cristão”, nos esquecendo, muitas vezes, da “Feminilidade Bíblica”.
No MS, estado onde resido, tenho me sentido desafiada, como coordenadora estadual das Jovens Cristãs em Ação (JCA), a falar sobre essas questões. Há pouco tempo, tive a oportunidade de falar em um Acampamento Estadual de Mensageiras do Rei, onde falei sobre a feminilidade bíblica, entre outros assuntos.
Devido ao período das Eleições 2016, tive acesso a uma resolução da ONU sobre Igualdade de Gênero, que é a seguinte: “O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU número 5 é: Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas”.
Aparentemente, parece algo bom e inofensivo, pois quer reduzir as “desigualdades” entre homens e mulheres, para, segundo eles: “Garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e pública”.
Mas você pode até me falar assim: Mas a ONU não vai trabalhar com princípios bíblicos. É verdade. O problema é quando, como mulheres cristãs, adotamos essas resoluções como certas, em detrimento dos propósitos de Deus, descritos na Bíblia, para nós.
Desde o princípio, quando houve a queda, vemos a mulher tomando uma decisão que não competia a ela e induzindo o homem a fazer o mesmo, desobedecendo a uma ordem de Deus. O problema é que o homem (no caso, Adão) também se deixou levar “pela conversa da sua amada” que tinha sido enganada pela serpente, e aí vocês já sabem o final dessa história…
Queridas, não vamos nos deixar enganar novamente. Fomos criadas com todo o “capricho do Criador”, a partir da costela do homem, para ser sua auxiliadora, e mais do que isso, ele nos fez idôneas, ou seja, com capacidade para cumprir tal missão, conforme Gênesis 2.18-23. Somos iguais, portanto, em dignidade perante Deus, mas com funções diferentes.
Em busca dos “nossos direitos”, estamos nos perdendo, e ao invés das coisas melhorarem, as mulheres estão se atolando cada vez mais, estando, muitas vezes, em lugares onde não deveriam.
Alguém me qualificou, esses dias, como uma “militante política” em uma postagem que fiz no meu Facebook, sobre o “Dia da Dona de Casa”, que é 31 de outubro, e num grupo de esposas de pastores, no WathsApp, do qual faço parte, também falaram que o meu nome lembra “luta e civismo”.
Sim, quero continuar agindo nessas áreas, mas para um resgate do papel da mulher, não só na igreja, mas também na sociedade, que precisa de nossa influência, afinal, como mulheres cristãs, e discípulas do Senhor, somos chamadas a ser “sal da terra e luz do mundo” (Mt 5.13-16).
Particularmente, tenho me sentido desafiada a esse resgate do papel da mulher, em Tito 2.3-5, que diz: Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder, não calunia-doras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e as seus filhos, a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada.”
Então, procure conversar com as jovens de hoje e veja se elas estão sendo preparadas para o mercado de trabalho, ou se pensam em constituir um lar e ter filhos. Veja também se filhos são vistos como atrapalho para suas carreiras profissionais ou como bênção, ou se pensam em ter um animal de estimação, no lugar dos filhos, que tem sido um modismo dessa época. Ainda destaco a sujeição ao marido – “essa época já passou, vivemos em outro tempo”, muitas dizem. Há as que também argumentam que “hoje os direitos são iguais,pois isso era uma cultura daquela época”, e por aí vai.
Sei que não são todas que pensam assim, mas a maioria, infelizmente, caminha com esse pensamento que é incutido em suas mentes nas escolas, universidades e na vida secular. E nós, como mulheres cristãs, vamos falhar em falar sobre o que Deus espera de nós em relação as mais novas. Ou vamos também falar como o movimento feminista, que considera a Bíblia um livro machista?
Sou contra os abusos que existem contra as mulheres, e esses devem ser reprimidos. Mas não vamos nos deixar enganar e querer lugares que não são nossos, mesmo dentro da igreja.
Mas também existe um grupo de mulheres que estão atentas a toda essa situação e que estão fazendo um trabalho de resgate do papel bíblico da mulher. Tenho procurado me incluir, não porque “contemplo as qualificações”. Na verdade, tenho uma luta diária, para ser uma mulher conforme as recomendações do apóstolo Paulo a Tito, como já expus acima.
Assim, com a graça de Deus, quero cumprir a recomendação deixada, no cuidado que devemos ter para com as mais novas, e isso não inclui, necessariamente, a idade cronológica. Podemos e devemos cuidar umas das outras, com o propósito de que a palavra de Deus não seja difamada.
Que Deus nos ajude, com humildade, arrependimento, oração, estudo da Palavra , enfim, deixando o Espírito Santo agir em nossa mentes, para que possamos praticar a feminilidade bíblica.
Então, vamos caminhar juntas nesse propósito?
Simone Nogueira de Moraes Trapp, esposa de pastor,
dona de casa e coordenadora da JCA/MS
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