Ler é muito bom!
Em plena Copa do Mundo (escrito em junho), resolvi escrever sobre um dos bons hábitos que podemos ter que é o da leitura. Não que a prática de esportes não seja algo bom, mas não basta sermos apenas bons de “pernas” e ruins de “cabeça”.
Quanto ao assunto, quero lembrar, com gratidão, dos meus pais, Waldemar (in memoriam) e Elsi, que me ensinaram a ler mesmo antes de ir para a escola. E falando em escola, que distava há cerca de três quilômetros da minha casa, havia uma salutar disputa pelo primeiro lugar. E quanto à leitura, todo o dia, nós alunos, íamos à mesa do professor onde cada aluno tinha que ler o texto indicado para o dia, e ganhávamos nota. Ainda lembro que o livro se chamava “Meu primeiro livro de leitura”, que dava destaque ao alfabeto, ou seja, a primeira leitura começa com um assunto que iniciava com a letra “a’’, e assim sucessivamente.
Ainda quanto à escola, ela era particular, confessional (luterana) e o professor usava a vara para os indisciplinados, que eram fustigados na frente dos demais. E quando um aluno se queixava aos pais das varadas que levou, corria o risco de apanhar novamente.
Lembro, com emoção, do meu primeiro professor, Walter Vogelmann (in memoriam), que falava Alemão com a turma do primeiro ano, pois a maioria ainda não sabia falar Português, o que já era proibido para a turma do segundo ano. Bons tempos!
Bem, mas o assunto principal é a importância da leitura, e nesse campo, para estimular o leitor a incrementar a leitura, quero contar um pouco do que tenho lido e aprendido. Já disse que meus pais me ensinaram a ler. Também lembro que meu pai comprou um livro ilustrado sobre a vida de Jesus. Ainda destaco que meu pai recebia, através de um amigo, muitas revistas da Alemanha. Assim, conhecia muitas coisas do País dos meus ancestrais (bisavós paternos).
Quando eu tinha cerca de dez anos, meus avós paternos vieram morar perto da nossa casa e eles tinham bastante livros, já editados no Brasil, sendo boa parte já em Português. Isso me levava, com frequência à casa deles para ler.
Em casa, além da literatura citada, também havia uma Bíblia alemã, de uma editora católica, sem os livros apócrifos, em letras góticas, impressa no ano de 1900, que ainda possuo.
Em 1970, meus pais se mudaram para o extremo Oeste Paranaense. E lá Deus me alcançou, de modo especial, através de literatura do missionário alemão, Werner Heukelbach. Era meu tio, Lindolfo Pino (in memoriam), que me encaminhava este material que consistia em folhetos (para crentes e não-crentes), além de revistas, que tratavam dos mais variados assuntos da vida cristã. Uma dessas revistas, serviu de instrumento para minha conversão, por volta do ano de 1974.
Mas um outro fato aconteceu um pouco antes disso, ou seja, eu lecionava numa escola municipal, e uma série de dificuldades me causaram um esgotamento físico e mental, fazendo com que tivesse que parar de dar aula e de trabalhar na lavoura, fato que me propiciou mais tempo para a leitura, embora com certa dificuldade, por causa do estado de saúde.
Em 1977, nos mudamos do interior do Distrito de São Clemente, município de Santa Helena, para a sede do Distrito.
Com isso, comecei a ter contato com a Congregação Batista de Pato Bragado, e com os livros do pastor Harri Wondracek. Mas também me tornei colportor da Juerp, e o maior cliente era eu. Assim, comprava muitos livros e passava boa parte do tempo lendo.
Também voltei a estudar em 1979, fazendo o 1º e o 2º Grau. Em 1986, ingressei no Seminário Batista de Dourados, quando o pastor Erno Selvino Schmidt me perguntou se já havia lido a Bíblia toda. Eu tive que dizer não, pois havia lido boa parte, mas não toda a Bíblia. Então, em seguida, usando um plano de leitura da Juventude Batista, li a Bíblia toda, além das leituras que as tarefas exigiam.
Hoje, continuo lendo e sendo edificado. Ontem, lendo a revista Veja, que aborda o Centenário da Primeira Guerra Mundial, citou que “Para que os erros capitais cometidos há 100 anos possam ser evitados, eles precisam ser conhecidos”. Isso é verdade! Inclusive a Bíblia cita os fatos do passado que foram registrados para nossa instrução.
O espaço que me resta não me permite citar todos os livros e revistas que tenho lido ultimamente, mas quero destacar o livro “De volta ao lar – Do feminismo à realidade”, de Mary Pride, uma ex-feminista americana que conta como a mulher cristã de hoje pode ser livre do feminismo e experimentar a plena feminilidade bíblica. Também li: “Discipulado um a um – Crescimento com qualidade” de Abe Huber, do “badalado”, porém questionável, Modelo de Discipulado Apostólico; Falsificação do Dom de Línguas – Fogo Falso”, do missionário Alexandre R. Hay; Edir Macedo, minha biografia, 2, Nada a perder – Meus desafios diante do impossível, entre outros.
Finalizo dizendo que a leitura tem me ajudado muito, por isso me entristeço quando encontro pessoas que não gostam de ler.
Eu quero morrer lendo, devido a sua importância.
Pr. Carlos Trapp
Excelente texto, meu irmão. Graças a Deus, ler é um hábito que tenho conservado. Obrigado por compartilhar conosco.