Minhas aspirações em relação às eleições
Este ano tem eleições para vereador e prefeito.
Primeiro, temos que agradecer a Deus pelo privilégio que temos em escolher nossos governantes; segundo, temos que ter a consciência da grande responsabilidade que isso representa, pois se escolhermos mal, sofreremos as consequências; se escolhermos bem, colheremos os devidos benefícios. Então, é claro, que a minha aspiração é que escolhamos bem.
Minha aspiração também é que tenhamos bons candidatos, que já tenham mostrado serviço à comunidade, que valorizem a família, que saibam administrar bem o seu lar, suas finanças, que sejam honestos, que tenham traquejo político, enfim, que tenham vocação, preparo político, e boas propostas.
Também espero que esse preparo seja acompanhado pelo seu líder religioso, pois entendo que os pastores devem se interessar por lideranças em sua igreja, candidatos em potencial e trocar ideias com os mesmas, orientá-los devidamente, enfim, acompanhar o processo eleitoral, visando o devido êxito e interação.
Quanto aos eleitores, espero que se interessem por política, já que todos somos políticos. Agora, isso implica em:
– Estar apto para votar, tirando seu título, ao completar a idade mínima (16 anos); transferir o título eleitoral, em caso de mudança de domicílio, ou ainda colocá-lo em dia, em caso de ter deixado de votar em eleições passadas.
– Assistir a propaganda eleitoral, ler as propostas dos candidatos, conhecer o seu passado, ver o que já fizeram, tomar conhecimento sobre valores dos quais a sociedade não pode abrir mão, como a família natural, a educação, a aplicação de recursos públicos, a liberdade de pensamento e de culto, o sistema de cotas, a disciplina física dos pais nos filhos, o princípio da laicidade do Estado, corretamente interpretado, e assim por diante.
– Votar sempre, pois a omissão mostra que a pessoa não está interessada no que poderá acontecer, enfim, não está preocupada com o futuro, ou seja, se haverá guerras, inflação, desemprego, arbitrariedades, violência, ou outros males. Por isso, a pessoa deve sempre procurar exercer este privilégio e responsabilidade, visando o bem-estar do seu município, que é o caso das eleições próximas. O eleitor até deve procurar estar no seu domicílio eleitoral, para poder votar.
Escolher candidatos, um a vereador e outro a prefeito, e apoiá-los. Isso o eleitor deve fazer de modo criterioso, conforme já expliquei. Essa atitude de escolher candidatos, faz com que o eleitor participe mais, se comprometa mais, se interesse mais pelo seu município, não ficando omisso e à margem do processo eleitoral. O eleitor também pode fazer com que os candidatos assumam compromissos em favor do povo, ganhando, com isso, o seu apoio.
Eu ainda quero acrescentar que Deus deixou três instituições através das quais quer “governar” o mundo: A família, a igreja e o estado.
Da relevância da família e da igreja, todos concordam, mas quanto ao estado, muitos o vêem com maus olhos. Mas eu digo que o governo é necessário, pois não é possível viver em sociedade sem governo. A Bíblia inclusive diz que “a autoridade é ministro de Deus para o teu bem” (Rm 13.4a). E se não está sendo, pode ser que seja por causa da nossa omissão, ou seja, sem o devido empenho para que o estado cumpra o seu papel.
Então, o meu desejo é que sejamos bons cidadãos, bons eleitores. Ainda que os líderes religiosos discutam política na Escola Bíblica Dominical, nos pequenos grupos, que abordem o assunto, esporadicamente, em sermões, visando com tudo isso o interesse e a participação na vida pública, conforme o desejo de Deus.
Falando em desejo de Deus, vejo o que já foi escrito no Velho Testamento a respeito da escolha de um rei em Deuteronômio 17.14-20, onde destaco o versículos 14 e 15, que dizem: “Quando entrares na terra que te dá o Senhor, teu Deus, e a possuíres, e nela habitares, e disseres: Estabelecerei sobre mim um rei, como todas as nações que se acham em redor de mim, estabelecerás, com efeito, sobre ti como rei aquele que o Senhor, teu Deus, escolher; homem estranho, que não seja dentre os teus irmãos, não estabelecerás sobre ti, e sim um dentre eles.” Nos versículos seguintes é dito como o escolhido deve se comportar.
Então, que a minha, que a sua aspiração em relação às eleições seja adequada, pois assim, os resultados serão benéficos à nossa população.
Concluo dizendo que a postura, geralmente, é de cobrança do poder público (até dando a impressão que ele é um grande pai, que tudo deve prover), mas a responsabilidade primeiro é nossa, cumprindo o nosso papel de bom cidadão, que inclusive acompanha depois os eleitos, sem esquecer que tudo deve ser acompanhado de oração, suplicando a direção e bênção de Deus.
Pr. Carlos Trapp
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